A endometriose se trata de uma afecção inflamatória, caracterizada pela presença de células do endométrio fora de seu local, sendo comumente deslocada para a cavidade peritoneal.

Para entender melhor a endometriose, vamos falar um pouco sobre o endométrio. Este, é uma mucosa que reveste a parede interna do útero e, é sensível às alterações do ciclo menstrual e onde o óvulo fertilizado se implanta.  Quando não há fecundação, boa parte do endométrio é eliminada durante o ciclo menstrual, o que não foi eliminado, volta a crescer, repetindo o mesmo processo a cada ciclo.

Desta forma, quando há uma modificação no funcionamento normal do endométrio, as células ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, multiplicando-se e causando sangramento.

As causas para a endometriose ainda são estudadas, não tendo ainda uma causa definida. Mas as hipóteses mais estabelecidas incluem:

–  O refluxo de sangue através das tubas uterinas durante a menstruação e se depósito em outros órgãos;

– Causa genética;

– Possíveis deficiências do sistema imunológico.

Assim como as causas ainda estão em estudo, ainda não existe uma maneira de preveni-la.

A endometriose por ser classificada de acordo com as características morfológicas das lesões, como:

– Endometriose peritoneal superficial: Onde sua característica é pela presença de tecido endometrial de forma superficial sobre a região do peritônio. As lesões possuem menos do que 0,5 centímetro de profundidade, sendo o tipo mais comum.

– Endometriose de ovário ou endometrioma: São aparecimentos de cistos localizados nos ovários e podem estar associados à endometriose profunda.

– Endometriose profunda: A endometriose profunda é caracterizada pela presença de implantes de tecido endometrial em uma profundidade superior à 0,5 centímetro. Os implantes de tecido endometrial atingem, principalmente, a região atrás do útero e no intestino.

Os principais sintomas apresentados, são:

– Dor pélvica antes e depois da menstruação;

– Dor durante a relação sexual;

– Dor ou sangramento ao evacuar ou ao urinar durante o período menstrual;

– Fluxo menstrual intenso ou irregular e;

– Dificuldade para engravidar.

O diagnóstico é realizado por um médico ginecologista, através de exames laboratoriais e de imagem.

O tratamento habitual é medicamentoso, com pílulas anticoncepcionais, que cessam a menstruação, e em casos mais severos, é necessário um tratamento cirúrgico.

Caso você apresente algum dos sintomas citados, não deixe de procurar um médico ginecologista e verificar o possível diagnóstico.